O que é publicidade ?

Robert Leduc nos conta:

"Em uma manhã de primavera, um pedestre, ao atravessar uma ponte, para diante de um mendigo que em vão estendia seu chapéu à indiferença geral. Num cartaz, esta inscrição: - ´cego de nascença´. Emocionado por este espetáculo, dá sua esmola e, sem nada dizer, vira o cartaz e nele rabisca algumas palavras. Depois se afasta. Voltando no dia seguinte, encontra o mendigo transformado e encantado, e que lhe pergunta por que, de repente, seu chapéu se enchera daquela maneira. ´É simples´, responde o pedestre, ´eu apenas virei o seu cartaz e nele escrevi: - É primavera e eu não a vejo´."

Gatekeepers - Senhores do Portão

"Jamais confie em um editor". Era a frase que figurava na porta da sala do editor de um importante jornal no filme "Intrigas de Estado", 2009.

Editor. O nome de sua função, por si só, já revela seus poderes. Leia-o e ouça-o, mas a verdade é sempre a sua. É claro que "editor", aqui, é usado em sentido amplo. Refere-se a jornalistas, publicitários, comunicadores e, principalmente, aos donos de jornais, tvs e demais veículos. Refere-se a qualquer um que emita (ou deixe de emitir) a sua versão sobre um fato ou a sua opinião. Refere-se, inclusive, a mim.

Imprensa partidária ?

          Parte da imprensa brasileira discute a formalização, finalmente, de suas preferências políticas. Alguns grandes jornais começam a assinar suas matérias com a sigla de seus partidos e fazem isso se baseando em experiências internacionais. Eu fico me perguntando: há uma grande esquizofrenia nisso tudo. Pois, ao mesmo tempo em que a imprensa se preocupa com a internet e com a descentralização dos emissores de notícias (cidadão-repórter), quer declarar-se oficialmente como uma imprensa não-isenta, parcial e que confere apoio a A, B ou C.

          Era para ser justamente o contrário. Mais do que nunca, um veículo que se consagre com as máximas que se aprende na academia de jornalismo, poderia ser uma ovelha desgarrada do bando, para ser percebida e preferida pelo público que, cada vez mais, irá se informar e criticar este tipo de “jornaleco eleitoral”.

         Afinal, qual será a diferença entre o "blog da Tia Maria" e os "grandes jornais" ?

         Suicídio ?

Cidadão Repórter

           Foi preciso o amadurecimento da Internet como meio de comunicação; o surgimento de ferramentas como blogs, wikis, youtube e a popularização de câmeras digitais, para o público em geral perceber que os ditos MEIOS DE COMUNICAÇÃO OFICIAIS ou GRANDE MÍDIA, como alguns preferem, sempre foram, na verdade, MEIOS DE DISTRIBUIÇÃO de notícias e informações conforme seus entendimentos do que é ou não notícia (valor-notícia) e o que é ou não de seu INTERESSE COMERCIAL divulgar (na verdade, as duas coisas estão relacionadas).

          Hoje, com um batalhão de repórteres por todos os lados (o cidadão comum com sua máquina digital), estamos mais próximos do que podemos chamar de COMUNICAÇÃO ou DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO.

          Quem é a imprensa oficial (imparcial, objetiva e arraigada 100% no interesse público) para questionar a ética e a capacidade técnica deste cidadão em publicar a sua notícia ?

          Que atire a primeira câmera....

Limites da Mídia (mídia e ética)

"Por analogia, podemos concluir que a ética nos meios de comunicação resume-se à utilização que os comunicadores fazem da liberdade de se comunicar para atingir determinado fim. No nosso caso, sustentamos que o fim último da mídia é informar ampla e corretamente a sociedade de tudo que se passa nela. De bom e de mau, de certo e de errado, de ódio ou de amor. Contestamos a corrente que se refere à imprensa como formadora de opinião. Porque a imprensa não forma, apenas informa, ou assim deveria ser, eticamente. Quem se forma é a própria sociedade, informada".

Carlos Chagas, em palestra proferida no Simpósio "A ética na mídia" (SBPC 2000).

Política e Participação Popular. (Publicidade)

Olá.

Realmente impressionante o filme publicitário da Rádio CBN (rede globo), produzido pela Santa Clara e que está sendo veiculado no meio TV.

No filme, os âncoras Heródoto Barbeiro, Lúcia Hipólito e Juca Kfouri estão caminhando como qualquer cidadão que caminha na hora do rush na praça da Sé, até o momento que começam a falar a multidões sobre o comportamento e o descaso de governantes brasileiros, estimulando uma maior participação popular, principalmente no momento do voto, que é a grande participação do povo na e pela democracia.

O filme detém excelência em sua edição, tornando-o estimulante, sinestésico. Ele leva, ainda, a seriedade e a competência destes profissionais do rádio para a TV, falando também com um público que notoriamente não faz parte do seu dia a dia.

Perfeito.

O filme pode ser conferido em: http://www.portaldapropaganda.com/vitrine/tvportal/2007/11/0036?data=2007/11